sábado, 28 de agosto de 2010

Aquietar





De repente, se vai ao pensar do sol nascente
Tão quente, tão quente, e logo cai.
Não mais demorado, se encontra ao lado
O véu que lhe esconde.
Aonde, aonde?
Igual a criança... Sem brinquedo, intolerância.
Birra azeda, senta no chão.
Adormeceu.

Toca o vento, bagunça cabelo, moça sem zêlo.
Chuta a pedra, pisa na rua.
Mal vestida, tão nua.
E vai.
Tic- tac da buzina,
Fom- fom das horas,
Está atrasada, e sai.

De repente, emudece. O corpo perece.
Aonde vai?
Fica sentada, conversa com o nada.
Não sabe voltar.
As mãos tão sozinhas, cadê o caminho?
Parou de sonhar.
Adormeceu.

Marina Ats

Nenhum comentário:

Postar um comentário