quinta-feira, 24 de junho de 2010
quarta-feira, 16 de junho de 2010
Teu Silêncio Me Guia.
Nessa escuridão na qual pareço estar acostumada,
Só consigo ver você quieto, imóvel.
Ouço tua voz dentro de mim falando que a salvação está próxima.
Isso acalma meus gritos.
Ergo minha cabeça, tento buscar o ar.
Ainda é cedo.
Teu silêncio me guia a sair daqui.
Lá fora posso sentir o vento abraçando as árvores
Numa selva sem fim, sem trilhas que mostrem a saída.
É lá que quero ficar algum tempo junto a você.
Teu silencio me guia a sair daqui.
Na escuridão dos meus dias, vejo você de pé,
Com as mãos estendidas e uma rosa vermelha.
Compreender o por quê de estar aqui não é fácil
E você me mostra o que fazer.
Uma luz nasce dos teus olhos revelando tudo.
Nunca houve o escuro, nunca houve medo.
Eu corro até você, buscando o sentido
De todo esse tempo perdido.
E ouço teu silencio dizendo que sempre esteve aqui
Escondido por detrás de meus olhos que nunca
Quiseram ver ao olhar pra ti.
Marina Ats
Ao se deitar, ela procurou
Nos sonhos, nas velhas casas,
Nos campos e no alto dos prédios.
Ela tentou correr das horas que
A roubaram de si.
Ela permaneceu em silêncio
Para ouvir os passos dos dias
Que seguiam sem
Dizer adeus.
Ela quis voltar, nunca quis partir
Abandonando rosas em seu quintal.
Sua cidade estava vazia.
Ela procurava pelos carros,
Pelo cheiro da noite que
vestia quando brincava de ser grande.
Ela queria ir embora de sua confusão.
Ela só queria voltar pra casa.
Marina Ats
terça-feira, 15 de junho de 2010
Destino
Não sei desde quando,
junto a você meu
Caminho foi traçado.
Sem ter o direito
De escolha, meu futuro
Num dilúvio de lágrimas
Foi lançado.
Junto a você, meu
Caminho segue rumo
Ao abismo que há em mim.
A incerteza me atormenta,
Dilacera minha alma.
A incerteza de nunca
Haver um fim.
Meu destino!
Traçado, insano, amaldiçoado!
Ao olhar nos teus olhos,
Clamarei ao universo
Para que com a morte
Nosso encontro seja marcado.
Marina Ats
Eternas Crianças
Pensávamos ser donos do tempo,
Protagonistas do infinito momento,
Folhas que resistiriam ao vento.
Ah, se soubéssemos que um dia
tudo acabaria!
Que o relógio nos atropelaria,
E que a solidão logo viria.
Leríamos o livro que deixamos de lado,
Lutaríamos pelo sonho inacabado,
E viveríamos cada amor guardado.
Dançaríamos até o último segundo,
Viajaríamos pelo nosso Eu mais profundo.
Seríamos eternas crianças no mundo.
Marina Ats
Foto: Cássio Piotto (@cassiopiotto)
New World
sexta-feira, 11 de junho de 2010
Escrevo para falar de minhas loucuras, detalhes que só a mim interessam. Se falo de dor, me conforto; se falo de alegrias, compartilho minha alma com as palavras para que façam perdurar o que sinto, ali naquele momento escondido em mim. E ao falar de amor, faço amor, eternizo a paixão de mim mesma.
Não escrevo sobre coisas certas nem concretas, destas me farto na mundo.
A loucura escrita me torna a cada dia mais sã.
Marina Ats
quinta-feira, 10 de junho de 2010
Diamantes
Diamantes dentro de mim,
É tudo o que tenho.
Bolsos furados, coração sangrando
e diamantes com o brilho do sol que se apagou.
Mundo imundo, tal retrato de um vagabundo
Que nunca soube nada do amor.
Diamantes levo comigo.
Na eternidade estarão a esperar
Pelas lembranças de um dia que em mim não
existiu.
Marina Ats
A Menina
Não acho graça nas flores, talvez por nunca sentir seus perfumes. Prefiro o cheiro da pele, a maciez dos fios de cabelo, a beleza dos olhos, da boca. Gosto do sol. Me entregaria a plena contradição que ele me tráz. Meu céu é terreno, meus prazeres são divinos. Vivo a procurar por vida nas batidas que meu coração produz violentando cada parte de meu corpo, meu corpo só.
Marina Ats
Foto por: Michel Ferreira
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